Eu não quero mais falar da violência na cidade
Eu não quero nem saber qualé a grande novidade
Eu não tenho paciência para política e o poder
Eu não vou dizer mais nada se eu não sei o que dizer
É muita informação e pouco conteúdo (muita informação)
É muito grave, muito médio, muito agudo (muito grave)
É muita pretensão e muito pouco estudo (muita pretensão)
É muita festa, muita coisa, muito tudo (muito tudo)
E eu queria mudar o mundo... O mundo pra você!
Mas às vezes, sinto que o mundo me muda
Eu não tenho saco pra gente que só pensa em dinheiro
Que não se dá conta de que tudo isso é passageiro
Essa euforia, essa angústia, esse desespero
De emergente, de pré-sal, de emprego e o sonho brasileiro
É muita informação e pouco conteúdo (muita informação)
É muito grave, muito médio, muito agudo (muito grave)
É muita pretensão e muito pouco estudo (muita pretensão)
É muita festa, muita coisa, muito tudo (muito tudo)
E eu queria mudar o mundo... O mundo pra você!
Mas às vezes, sinto que o mundo me muda
Tanta dor, tanta notícia, tanto sofrimento em vão
Tanto site, tanta mídia, muita ofensa e pouco pão
Tanta oferta, tanto anúncio e um Picasso no leilão
Quem dá mais? Quem pode mais? Tudo está em liquidação
É muita informação e pouco conteúdo (muita informação)
É muito grave, muito médio, muito agudo (muito grave)
É muita pretensão e muito pouco estudo (muita pretensão)
É muita festa, muita coisa, muito tudo (muito tudo)
E eu queria mudar o mundo... O mundo pra você!
Mas às vezes, sinto que o mundo me muda
E eu queria mudar o mundo... O mundo pra você!
Mas às vezes, eu me pergunto... pergunto: Por que?
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Hoje fui ao "teatro"
Essa senhora é a D. Ângela, trabalha comigo na escola que fica em outro Assentamento. Ela sempre me falava das peças de teatro que o grupo dela produzia, mas infelizmente eu nunca podia ir, hoje eu fui, gostei dos intérpretes, a estória parecia ser boa,mas a acústica do Centro de Convenções João Lemes é péssima e os espectadores muito sem costume de ir ao teatro ficaram conversando,batendo cadeira, ficou impossível de ouvir. O que foi uma pena, pois o pouco que consegui ouvir me fez dar boas risadas.
sábado, 24 de setembro de 2011
a morte da minha mãe
Minha mãe morreu ou faleceu ou como nós espíritas dizemos: desencarnou dia 18 de agosto de 2011, às 5 horas da madrugada, ela teve um AVC hemorrágico e ficou 17 dias na UTI, não estava em coma, mas estava inconsciente, como se estivesse dormindo.
No dia que ela teve o AVC ela estava até bem, apesar do Alzheimer, ela foi comigo e minha irmã ao Centro Espírita Allan Kardec de manhã, no piquenique, comeu bem, todos comentaram admirados de vê-la comendo sozinha.
Ela assistiu a apresentação de um ensaio de teatro com atenção, perguntou sobre algumas pessoas que estavam lá.
Passou a tarde bem, comeu uma salada de frutas à noite e durante o banho ela teve uma dor de cabeça muito forte(1º AVC), medi a pressão, estava 12 por 8, dei um remédio chamado lizador que o médico havia receitado em caso de dor, isso era por volta de 11:40, terminamos de dar banho nela, perguntamos se ainda estava sentindo dor e ela disse que não, pusemos ela na cama(ela estava com o ombro quebrado e por isso tínhamos que fazer tudo em duas(minha irmã e eu)pra ela), rezei junto com ela, como fazia todas as noites, ela me deu boa noite, apaguei a luz e vim pra sala(meia-noite).
À meia noite e 40min. ela gritou muito alto, fui correndo ao quarto e ela estava com a mão na boca dizendo que o céu da boca estava doendo muito(2º AVC), quando me aproximei da cama ela teve um estremecimento, como uma convulsão e caiu a cabeça pra trás e não acordou mais, não falou mais, eu chacoalhei ela ao mesmo tempo ligava pra minha irmã vir da casa dela que é nos fundos, ela chegou e pegou a mãe pra eu vestir a roupa, pois no momento que ela gritou de dor eu estava saindo do banho, vesti as calças e já estava ligando para os bombeiros pra virem levá-la ao hospital. Nesse momento minha irmã falou que a mãe estava vomitando, falei pra minha irmã virá-la de lado pra não engasgar, ao mesmo tempo que falava com o bombeiro ao telefone, uns 10 min depois chegou o carro e o bombeiro mais velho mediu a oxigenação e disse que estava boa, aí foi uma demora pra pegar a mãe e por na maca, pois a maca não entrava pela porta do quarto dela, eu disse a ele pra abaixar a maca, mas ele insistia em entrar com a maca erguida, tirou uma sapateira que estava na porta do meu quarto, pra entrar com a maca no meu quarto, pra depois entrar no quarto da mãe, aí ele abaixou a maca pra ficar mais baixo que a cama da mãe(pode uma coisa dessa?). Chegando lá na Santa Casa o médico de plantão disse que a mãe estava dormindo, pois o remédio lisador tem um antialérgico que segundo ele tinha potencializado o efeito do anti depressivo que ela havia tomado às 22:00h e do barbitúrico que ela tomou quando se deitou.(detalhe: ela havia tomado esse mesmo remédio 4 dias antes e não havia dormido mais do que o normal) A pressão da mãe começou a subir, chegou a 20 e em nenhum momento ele disse que ela podia estar tendo um AVC, o tempo todo ele dizia que ela estava dormindo e que tinha que esperar. Ela ficou apenas em observação na enfermaria, toda vomitada nas roupas de cama aqui de casa, só quando nós vimos que ninguém ia trocá-la foi que minha irmã e eu trocamos as roupas dela.
6 horas da manhã o médico saiu do hospital e foi atender no posto de saúde, quando chegou o outro médico que estávamos acostumadas a levar a mãe pra consultar, que a minha irmã falou com ele, ele disse que não podia nem olhar minha mãe, pois ela era paciente de outro médico, mas que nós fossemos falar com o médico que havia atendido e pedíssemos a ele pra encaminhar pra Presidente Prudente, já que ela tinha plano de saúde, fomos procurar o dito médico e ele não atendia o celular, só conseguimos localizá-lo às 15h, minha irmã foi falar com ele numa clínica particular e ele ainda perguntou pra minha irmã: "será que ela avecejou?", mas mesmo assim ele ainda atendeu 3 pacientes na clínica e só chegou ao hospital às 17h, aí foi procurar vaga nos hospitais de Presidente Prudente, quando chegou lá já puseram a mãe na UTI e fizeram uma tomografia e já constataram que ela teve 3 AVCs hemorrágicos e que o cérebro do lado direito estava tomado de sangue, o médico neurologista falou que se ela tivesse mais um ela não aguentaria, depois de alguns dias ele disse que era surpreendente ela estar viva, pois ele achou que ela não passava daquela noite.
Nos primeiros dias ela ainda mexia a mão direita, apertava a mão da gente, abria os olhos, depois foi perdendo todos os movimentos, foi inchando demais e teve uma parada respiratória no décimo oitavo dia.
Estou escrevendo pra não perder os detalhes, pois a minha memória já não está tão boa como antigamente, posso esquecer os detalhes. Quero deixar registrado a pouca experiência do médico, o mal atendimento do qual minha mãe foi vítima. Mesmo sendo a hora da minha mãe desencarnar, ela podia ter sido socorrida com mais presteza. Acho incrível o médico não ter visto os sinais claros de um AVC: a perda do movimento do braço esquerdo, a dor na boca, a dor de cabeça muito forte e instantânea, o vômito, a pressão alta.
Estou conformada com a morte dela, pois sendo espírita sei que a morte é apenas uma passagem deste mundo material para o espiritual, o que não me conformo é a forma como o ser humano (des)trata outro. É muito triste!

a mancha branca do lado esquerdo é o sangue que derramou no cérebro dela(a foto está do lado errado)
essa é uma das lembrancinhas que fiz para distribuir às pessoas que a conheciam, pois é costume em nossa cidade entregar uma lembrança na missa de sétimo dia, como não somos católicas, mas temos parentes que o são fiz as lembrancinhas para entregar lá na igreja e depois as pessoas que fui encontrando depois, católicas ou não.
sábado, 9 de julho de 2011
Copo vazio
Copo vazio
É sempre bom lembrar
Que um copo vazio
Está cheio de ar
É sempre bom lembrar
Que o ar sombrio de um rosto
Está cheio de um ar vazio
Vazio daquilo que no ar do copo
Ocupa um lugar
É sempre bom lembrar, guardar de cor
Que o ar vazio de um rosto sombrio
Está cheio de dor
É sempre bom lembrar
Que um copo vazio
Está cheio de ar
Que o ar no copo
Ocupa o lugar do vinho
Que o vinho busca ocupar o lugar da dor
Que a dor ocupa a metade da verdade
A verdadeira natureza interior
Uma metade cheia
Uma metade vazia
Uma metade tristeza
Uma metade alegria
A magia da verdade inteira
Todo-poderoso amor
A magia da verdade inteira
Todo-poderoso amor
É sempre bom lembrar
Que um copo vazio
Está cheio de ar.
Chico Buarque.
É sempre bom lembrar
Que um copo vazio
Está cheio de ar
É sempre bom lembrar
Que o ar sombrio de um rosto
Está cheio de um ar vazio
Vazio daquilo que no ar do copo
Ocupa um lugar
É sempre bom lembrar, guardar de cor
Que o ar vazio de um rosto sombrio
Está cheio de dor
É sempre bom lembrar
Que um copo vazio
Está cheio de ar
Que o ar no copo
Ocupa o lugar do vinho
Que o vinho busca ocupar o lugar da dor
Que a dor ocupa a metade da verdade
A verdadeira natureza interior
Uma metade cheia
Uma metade vazia
Uma metade tristeza
Uma metade alegria
A magia da verdade inteira
Todo-poderoso amor
A magia da verdade inteira
Todo-poderoso amor
É sempre bom lembrar
Que um copo vazio
Está cheio de ar.
Chico Buarque.
sábado, 18 de junho de 2011
Segue em frente ainda que todos esperem que desistas....
Sempre se lembre que a pele se enruga......
o cabelo se torna branco, os dias se transformam em anos...
Mas o importante não muda...;
Tua força e tua segurança não têm idade.
Teu espírito é o espanador de qualquer teia de aranha......
Atrás de cada linha de chegada, há uma de partida......
Atrás de cada engano, há outro desafio...
Enquanto estiveres viva, sinta-se viva...
Se fizestes algo diferente, volte a fazê-lo...
Não vivas de fotos amareladas...
Segue em frente ainda que todos esperem que
desistas....
Não deixes que se oxide o ferro que existe em ti. ....
Faz que, em vez de pena, tenham respeito por ti.....
Quando, devido à idade não possas correr, ande depressa......
Quando não possas andar depressa, caminha.......
Quando não possas caminhar, usa a bengala.....
Mas não pares nunca... !!!
-Camille Claudel -
o cabelo se torna branco, os dias se transformam em anos...
Mas o importante não muda...;
Tua força e tua segurança não têm idade.
Teu espírito é o espanador de qualquer teia de aranha......
Atrás de cada linha de chegada, há uma de partida......
Atrás de cada engano, há outro desafio...
Enquanto estiveres viva, sinta-se viva...
Se fizestes algo diferente, volte a fazê-lo...
Não vivas de fotos amareladas...
Segue em frente ainda que todos esperem que
desistas....
Não deixes que se oxide o ferro que existe em ti. ....
Faz que, em vez de pena, tenham respeito por ti.....
Quando, devido à idade não possas correr, ande depressa......
Quando não possas andar depressa, caminha.......
Quando não possas caminhar, usa a bengala.....
Mas não pares nunca... !!!
-Camille Claudel -
quarta-feira, 8 de junho de 2011
domingo, 5 de junho de 2011
Como a vida é bela ! como a vida é louca !)
Adoro esse poeta, Mário Quintana
A vida é louca
a vida é uma sarabanda
é um corrupio ...
A vida múltipla dá-se as mãos como um bando
de raparigas em flor
e está cantando
em torno a ti :
Como eu sou bela amor !
Entra em mim, como em uma tela
de Renoir
enquanto é primavera,
enquanto o mundo
não poluir
o azul do ar !
Não vás ficar
não vás ficar
aí ...
como um salso chorando
na beira do rio ...
(Como a vida é bela ! como a vida é louca !)
Mario Quintana
A vida é louca
a vida é uma sarabanda
é um corrupio ...
A vida múltipla dá-se as mãos como um bando
de raparigas em flor
e está cantando
em torno a ti :
Como eu sou bela amor !
Entra em mim, como em uma tela
de Renoir
enquanto é primavera,
enquanto o mundo
não poluir
o azul do ar !
Não vás ficar
não vás ficar
aí ...
como um salso chorando
na beira do rio ...
(Como a vida é bela ! como a vida é louca !)
Mario Quintana
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